Modelos de predição de resistência do HIV-1 aos inibidores da integrase

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A resistência aos antirretrovirais é um dos principais obstáculos para o sucesso da terapia contra a infecção pelo HIV. O uso de testes laboratoriais na identificação desse problema tem exercido um papel fundamental na tomada de decisão do esquema antirretroviral (ARV) a ser utilizado pelo indivíduo vivendo com o vírus. Detectar a presença de resistência a determinada droga é um importante desafio na monitoração na prática clínica. Ao se ter acesso ao resultado de um teste de resistência, o clínico pode indicar o melhor tipo de terapia a ser introduzida nos pacientes que ainda não fizeram uso de drogas, assim como alterar de forma adequada a terapia daqueles que já apresentaram alguma falha no tratamento. Observa-se que o desenvolvimento de modelos capazes de predizer a resistência aos ARVs torna-se útil na escolha da melhor prática terapêutica para o indivíduo vivendo com o HIV. Na última década, um esforço considerável foi direcionado para o desenvolvimento de compostos direcionados à integrase. Embora o conhecimento sobre a resistência do HIV aos ARVs tenha se expandido enormemente, padrões de resistência genotípica estão em constante evolução devido a mudanças nas estratégias de tratamento. Dessa forma, algumas questões precisam ser avaliadas, dentre elas a determinação das variáveis que melhor explicam esses padrões de resistência, principalmente para as novas classes de inibidores. Diante deste cenário, torna-se importante o desenvolvimento de modelos capazes de predizer a resistência do HIV-1 aos inibidores da integrase a fim de fornecer informações auxiliares na escolha da melhor prática terapêutica para o indivíduo vivendo com o HIV.

Letícia Raposo
Letícia Raposo
Professora Adjunta

Biomédica e matemática de formação, atualmente é professora de Estatística da UNIRIO. Ama programar nas horas vagas acompanhada de um bom café. ☕

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